segunda-feira, 27 de julho de 2009

COMUNISEG - Polícia Militar mais preparada


Fotos: Raul Moreira


A palestra sobre Repressão Qualificada à Criminalidade reuniu, numa única mesa, os principais agentes de segurança da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro na I Conferência Municipal de Segurança Pública de Nova Friburgo. . No centro da mesa, o novo comandante geral da corporação, cel. Mário Sérgio de Brito Duarte, que já esteve à frente do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e até recentemente ocupou a presidência do Instituto de Segurança Pública (ISP), o que lhe garante um conhecimento profundo sobre os assuntos de segurança, tanto na abordagem técnica e de Inteligência quanto em relação às operações propriamente ditas para o combate ao crime.

Na platéia, dois ex-comandantes gerais da PM – o cel. Hudson de Aguiar Miranda, comandante da Força Tarefa de Ordem Urbana de Nova Friburgo – e o cel. Hilton Ribeiro, que também dirigiu o Bope; além do cel. Claudecir Ribeiro, comandante do Estado Maior da Polícia Militar na época em que o cel. Hudson chefiava a corporação, e o comandante do 35 Batalhão (Itaboraí), coronel Macedo.. Atentos à mesa sobre repressão qualificada, vários oficiais da Polícia Militar, além de guardas municipais e agentes de trânsito.




Primeiro a falar, o coronel Mário Sérgio agradeceu o convite feito pelo cel. Hudson e falou sobre os primeiros dias de atuação no comando da Polícia Militar. Ele afirmou que Nova Friburgo está nos planos do governo para o aumento de efetivo, mas explicou que o momento atual é de estudos, diagnósticos, para que as medidas mais urgentes sejam tomadas de imediato. Ele disse também que o serviço de inteligência da corporação será mantido, mas ajustado a uma nova realidade que estava sendo, justamente, mostrada durante a conferência de segurança de Nova Friburgo. “A P2 não é um braço do Judiciário, mas deve trabalhar com serviço de inteligência, para planejamento da forca policial”, afirmou.



O comandante da PM explicou que está fazendo um remanejamento de pessoal, numa reengenharia rápida para garantir um trabalho mais eficaz de prevenção ao crime, sempre com planejamento e estruturação de plano de metas. Uma das medidas foi retirar os policiais de postos de policiamento no interior de áreas conflagradas. “Estou colocando gente no asfalto e retirando das favelas, onde eles se expõem sem necessidade e acabam reféns do tráfico”, explicou, descartando que a corporação possa pensar em qualquer acordo tácito com a bandidagem.

Destacou o trabalho de pacificação que está sendo realizado pelo governo do Estado em áreas conflagradas, explicando que não adianta reprimir a criminalidade sem criar condições para que a população possa viver dignamente. “Manteremos um policiamento visível, ostensivo, para dar maior segurança à população, mas também é necessário fornecer saúde, educação, saneamento”, destacou. O cel. Mário Sergio lembrou que a participação dos municípios no esforço da segurança pública é fundamental. Disse que, certamente, cometerá muitos erros, mas alertou: “Não podemos nos aconselhar com receios”.



O major Fábio Sá Romeu, da Agência Central de Inteligência da Polícia Militar, falou em seguida, explicando ao público como está estruturado o Serviço de Inteligência – P2. O novo presidente do ISP, tenente-coronel Paulo Teixeira, revelou como funciona o trabalho no instituto e sua importância para auxiliar toda a ação da Polícia Militar. A apresentação do subcomandante do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), major PM Wilman Renê, que mostrou vídeos e uma apresentação sobre as ações do batalhão, tanto na repressão quanto na área social, ocupou boa parte da mesa sobre repressão qualificada. Ele apresentou imagens que revelaram a força das quadrilhas de tráfico de drogas no município do Rio, que utiliza pesados armamentos e cerceia a população que vive em áreas de conflito.

O major Renê contou em detalhes como é a rotina na comunidade de Tavares Bastos, em Santa Teresa, onde está instalado o Bope, e onde não existem ocorrências de criminalidade. A área está totalmente pacificada e é objetivo das forças de segurança do Estado estender tal clima às demais comunidades carentes do município. Ele também brincou com a platéia, perguntando, antes de começar a falar, de alguém queria “pedir para sair”, numa referência ao filme Tropa de Elite, sobre o trabalho do Bope.

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