segunda-feira, 27 de julho de 2009

COMUNISEG - Governo federal representado


Foto: Raul Moreira

A primeira palestrante anunciada pelo cel. Hudson, na Conferência Municipal de Segurança Pública de Nova Friburgo, foi a socióloga Luciane Patrício, representante do Ministério da Justiça. Ela falou sobre financiamento de projetos municipais e explicou os mecanismos para obtenção re recursos junto ao governo federal. Segundo ela, indicadores de avaliação dos projetos implantados na área de segurança pública são ferramentas fundamentais para o sucesso de qualquer iniciativa no setor. Luciane Patrício é assessora especial da Coordenação Executiva da Conferência Nacional de Segurança (Conseg), a se realizar em agosto, em Brasília.

A socióloga elogiou a iniciativa do município de Nova Friburgo em organizar a conferência livre, etapa preparatória para o evento nacional, destacando os temas a serem abordados – financiamento de projetos, repressão qualificada da criminalidade, prevenção social ao crime e o papel da imprensa na cobertura de segurança – e a alta qualificação dos conferencistas.

Segundo Luciane, os programas do governo federal que destinam recursos financeiros para os projetos apresentados pelos municípios têm grande preocupação em analisar as formas apresentadas para o monitoramento destes projetos. Segundo ela, os indicadores de avaliação são fundamentais para o êxito de qualquer iniciativa implementada, além da participação da sociedade civil organizada. Ela destacou a importância dos conselhos comunitários de segurança nas discussões sobre a prevenção à violência. E defendeu que os municípios precisam investir em equipamentos e qualificação técnica de seu pessoal.

A assessora do Ministério da Justiça alertou que somente recursos financeiros não irão resolver o problema da violência, lembrando que a boa gestão destes recursos, para que se evitem desperdícios, e a humildade necessária para a correção das falhas e adoção de novos rumos nos projetos implementados são importantes. “Tem que haver planejamento”, afirmou Luciane Patrício, complementando: “Segurança pública é para ontem”.


A socióloga explicou que algumas iniciativas são prioritárias para o governo federal: a
desarticulação dos grupos criminosos, a valorização dos profissionais de segurança, o monitoramento e avaliação das políticas públicas no setor, investimentos em tecnologia e gerenciamento. Mas ressaltou como fundamentais, também, as ações preventivas e as atividades ligadas à área social, para que a repressão ao crime possa ser substituída por uma ocupação social, em que as áreas conflagradas recebam todo o apoio governamental, em educação, saúde, esporte e lazer, qualificação e capacitação profissional dos jovens.

Luciane Patrício também fez o alerta de que é necessário o envolvimento de toda a sociedade. “Não podemos permitir que se mantenha uma relação distanciada com o público. O problema da segurança é algo que atinge a todos, e todos devem participar. O problema é que as pessoas sequer freqüentam as reuniões dos condomínios onde vivem e isso é uma herança cultural que precisamos combater”, afirmou.

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