quarta-feira, 29 de julho de 2009

Programa da casa própria inscreve até sexta

Joyce Santiago (6 período)

As inscrições para o programa habitacional do governo federal ‘Minha casa, Minha vida’, que beneficiará, com a casa própria, famílias que tenham renda mensal até três salários mínimos (R$ 1.390), encerram nesta sexta-feira, 31 de julho. Cerca de 9.400 famílias já efetuaram cadastro em Nova Friburgo.

As casas do programa ‘Minha casa, Minha vida’ serão construídas no terreno da Fazenda da Laje, no distrito de Conselheiro Paulino, juntamente com o projeto do governo municipal, Nova Cidade, que criará um novo bairro no município, com infra-estrutura completa: escolas, postos médicos, praças, ciclovias, centro comercial e pólo tecnológico.

As famílias beneficiadas pelo programa só começarão a efetuar o pagamento das prestações, que consumirão apenas 10% da renda somada dos integrantes da família, quando já estiverem morando na unidade residencial.

O programa habitacional é uma parceria entre os governos federal e municipal, através de financiamento da Caixa Econômica Federal.

Jornalismo: ministro acha que exigência de diploma volta

Extraído do site Comunique-se
O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, único a votar contra o fim da obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão, acredita na volta da exigência de formação superior por meio de ação do Legislativo. Em entrevista ao Observatório da Imprensa, que foi ao ar nesta terça-feira (28/07), o ministro afirmou que, pela repercussão da decisão, deputados e senadores deverão encaminhar a questão “de acordo com os anseios da sociedade”.

“Mais dia ou menos dia, nós voltaremos a enfrentar a matéria. E voltaremos a enfrentar a matéria tendo em conta a aprovação de uma emenda constitucional. Será que vamos concluir da mesma forma, que essa emenda constitucional é conflitante com a liberdade de expressão preconizada pela Carta? Tenho sérias dúvidas a respeito”, afirma.

Em sua opinião, juridicamente, nada mudou com a decisão do Supremo, já que, com o vácuo normativo, os juízes observarão a jurisprudência “assentada a partir da Lei de Imprensa e do decreto lei que exigia o diploma para o exercício profissional”.

Sigilo da fonte

Questionado sobre o sigilo da Fonte, Mello foi categórico: “nós temos que observar o sigilo da fonte”. Entretanto, se diz preocupado com a insegurança jurídica criada.

“O que não é bom em termos de segurança jurídica. Se estando o órgão julgador submetido à legislação, nós já somos surpreendidos com certas decisões. O que se dirá se cada qual fixar o critério”, diz.

Mão-de-obra mais barata
Sobre os efeitos práticos da decisão, Mello se diz preocupado com os pequenos veículos de comunicação, que “tenderão a contratar a mão-de-obra mais barata”, e com as pessoas que estudaram ou estudam nas faculdades de Jornalismo.

“O Estado existe para proporcionar ao cidadão segurança jurídica. Como ficam os que ingressaram em faculdades, são cerca de 430 faculdades no País, que agora tem um diploma cuja valia é diminuída? (...) Claro que alguém que ingresse numa faculdade de Comunicação não fica quatro anos, dentro de uma sala de aula, ouvindo simplesmente abobrinhas. Há uma formação”, afirma.

Pedágio sobe na RJ 116


A tarifa básica do pedágio da Rodovia RJ 116 ( Itaboraí -Nova Friburgo - Macuco) será reajustada neste sábado, dia 1º de agosto, a partir da zero hora, passando a custar R$3,50. O valor atual é de R$3,30 e o aumento foi aprovado no último dia 28 de julho pela deliberação 211 da Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos de Transporte Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro).

Na mesma deliberação ficou acertado que a tarifa será de R$7,00 para ônibus e caminhões com dois eixos, R$14,00 para veículos de 3 a 6 eixos e R$24,50 para carretas com até sete eixos. Veículos especiais, com mais de sete eixos, o valor da tarifa é de R$3,50 para cada um dos eixos do veículo. Motocicletas estão isentas de tarifas.

A RJ116, que é administrada pela Concessionária Rota 116 oferece serviços de atendimento ao usuário 24 horas por dia com veículos de inspeção, caminhões guincho, ambulâncias de emergência e de combate a focos de incêndio. A Rodovia conta com quatro praças de pedágios localizadas nos quilômetros 1,9 em Itaboraí; 48,8 em Cachoeiras de Macacu, 90,4 em Nova Friburgo e 122,3 no município de Cordeiro.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

COMUNISEG - Participação da sociedade no combate à violência

Fotos: Raul Moreira

Toda a sociedade friburguense foi convocada para o exercício da cidadania, participando diretamente das ações e discussões em busca da paz no município. E esta convocação foi feita pelo prefeito Heródoto Bento de Mello, na abertura da I Conferência Municipal de Segurança Pública de Nova Friburgo, realizada no último sábado, pela Prefeitura, com o apoio da Universidade Candido Mendes. O teatro da Casa Suíça de Nova Friburgo (Queijaria-Escola) ficou lotado para a o evento, que reuniu, durante mais de dez horas, autoridades federais, estaduais e municipais.



Logo no início da conferência, um momento emocionou a todos. O consultor de ordem urbana, André Luis dos Santos, em nome de toda a equipe da Força Tarefa de Ordem Urbana comandada pelo cel. Hudson de Aguiar Miranda, prestou homenagem ao diretor da Autarquia Municipal de Trânsito (Autran) Conrado Sichel, morto em tentativa de assalto cinco dias antes da conferência. Um banner com a foto de Conrado foi aberto no palco e, depois que André Luis leu um texto sobre o amigo, uma calorosa e longa salva de palmas levou os presentes às lágrimas.

Na platéia, amigos e parentes de Conrado. Entre eles, estava a esposa do integrante da Força Tarefa de Ordem Urbana, a juíza Hevelise Scheer, coordenadora de Direito da Universidade Candido Mendes, na qual Conrado havia acabado de concluir o curso. O coordenador acadêmico da instituição, professor Francisco Assis Barbosa, estava ao seu lado, também bastante emocionado.


Em seguida, o cel. Hudson de Aguiar Miranda entregou um placa de agradecimento ao pró-reitor de Coordenação e Expansão da Universidade Candido Mendes, professor Alexandre Gazé, primeiro a incentivar e patrocinar a I Comuniseg de Nova Friburgo. Também emocionado com a homenagem que havia sido prestada ao aluno e amigo Conrado, o professor Gazé disse que aquela placa pertencia ao povo de Nova Friburgo, destacando as palavras do prefeito Heródoto Bento de Mello no sentido de que, sem educação, não há como resolver o problema da violência. E explicou por que a Universidade Candido Mendes foi uma das grandes incentivadoras da conferência:

“Entendo que a educação tem que estar ligado a serviço municipal. Ninguém transforma nada neste país se não for através da educação. Nós temos que nos educar, O momento é muito sério, não podemos mais ficar em casa, esperando nossa vez de morrer. Todos nós somos um Conrado. Todos nós vamos ao correio, vamos ao banco; vamos sair deste auditório, pegar um carro, ir ao restaurante... Todos nós somos um Conrado. E foi por isso que a Universidade Candido Mendes decidiu que sempre irá apoiar eventos desta natureza. A Candido Mendes sai da sala de aula e passa a agir, em apoio a estas iniciativas. Em vez de gastar dinheiro com anúncio de vestibular, vamos investir na educação e na defesa de nosso povo, de nossa gente.

O pró-reitor Alexandre Gazé lembrou que a Comuniseg terá efeitos posteriores, como a captação de recursos federais para projetos que possam melhorar, efetivamente, a segurança pública no município. E alertou aos vereadores presentes à conferência para a necessidade de dar total apoio às medidas do governo, no sentido de acelerar a votação e aprovação dos projetos na área, citados no plano de prevenção à violência que estava sendo lançado naquele momento.

COMUNISEG - autoridades de segurança reunidas

Fotos: Raul Moreira

Destacaram-se as presenças, como palestrantes, na Conferência Municipal de Segurança Pública de Nova Friburgo, do comandante geral da PM, cel. Mário Sergio de Brito Duarte; de representantes do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope), do Serviço de Inteligência e do Instituto de Segurança Pública; da assessora do Ministério da Justiça, socióloga Luciane Patrício; de jornalistas de O Globo, O Dia, Folha de São Paulo; sociólogos e antropólogos, atuantes na área de segurança, ligados a organismos como o Viva Rio e o Observatório Urbano; e acadêmicos da Universidade Federal Fluminense, Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Universidade Candido Mendes.



Estiveram presentes, compondo a mesa de abertura do evento, e assistindo às palestras, entre outras autoridades, o prefeito Heródoto Bento de Mello; o vice-prefeito Dermeval Barboza Moreira; o secretário de Governo, Bráulio Rezende Filho; o pró-reitor de Coordenação e Expansão da Universidade Candido Mendes, professor Alexandre Gazé, os deputados estaduais Rogério Cabral e Olney Botelho; os vereadores Manoel Martins, Marcelo Verly e Professor Pierre; os secretários municipais de Cultura, Roosevelt Concy, e de Comunicação Social, Girlan Guilland; além de representantes de associações e entidades da sociedade civil organizada, como o Conseg e o CCS 11.





O prefeito Heródoto Bento de Mello abriu a conferência, falando sobre a necessidade de que todos participem dos debates sobre o tema. Afirmou que é importante discutir as raízes da violência, apontando para a deterioração do comportamento humano e da perda do rigor e solidez moral da sociedade. O prefeito alertou para a responsabilidade das classes sociais mais abastadas, que sustentam o comércio de drogas, e afirmou ser equivocada a noção de que o problema tem origem nas classes pobres e modestas.



“A segurança pública é um problema que atinge a todos os países. E a violência é um problema de todos nós, cidadãos. Todos acham que é preciso prender, condenar e fazer justiça. Mas a Polícia é o último degrau a que devemos recorrer. Se hoje temos uma desordem urbana é porque há uma desordem moral, toda a sociedade acaba contaminada. Devemos, hoje, sair daqui pensando no que cada um de nós tem que fazer para resolver este problema, não apenas a Polícia, mas cada cidadão”, afirmou.

O prefeito ainda explicou os motivos que o levaram a criar a Força Tarefa de Ordem Urbana, e o leme por ele adotado e incorporado pelo cel. Hudson de Aguiar Miranda: “disciplina com ternura”. Segundo ele, a educação deve ser um processo lento, em que não se deve puxar pela orelha, mas pelo braço. E isso vem sendo feito, nas iniciativas de conscientização de toda a população no combate à desordem urbana.

COMUNISEG - Plano de prevenção à violência

Foto: Raul Moreira

Antes de iniciar as mesas de debates da I Conferência Municipal de Segurança Pública, o cel. Hudson de Aguiar Miranda apresentou aos participantes o 1° Plano Municipal de Prevenção da Violência e Promoção da Paz de Nova Friburgo. O cel. Hudson afirmou que a segurança pública é dever do Estado, mas lembrou que também deve ser vista como direito e responsabilidade de toda a população. Destacou que a tarefa é difícil, mas disse estar convicto de que a conquista da paz é uma realidade em Nova Friburgo, através da integração entre governo e cidadãos. Falou sobre o Gabinete Municipal de Gestão Integrada em Segurança, em fase de criação no município, e que irá ficar responsável por fiscalizar a aplicação do Plano de Prevenção.

O cel. Hudson explicou aos presentes de que forma o município pode contribuir para o combate à violência, detalhando os vinte compromissos do governo municipal, através de suas diversas secretarias. “Nossa visão tem que ser sistêmica, não só na questão da segurança pública, mas de todo o município, por isso temos que atuar em parceria com todas as secretarias”, lembrou, mencionando um projeto integrado com a Secretaria de Educação, que levará o ensino das regras de trânsito a todos os alunos da rede pública municipal.

Entre os itens mencionados pelo cel. Hudson, destacam-se o combate à sensação de insegurança, com o apoio da imprensa, soluções para índices alarmantes de suicídios na região, banir a cultura da violência e incentivar a cultura da paz, o desarmamento, colaborar nas ações de combate ao tráfico de drogas, combater a violência intrafamiliar, oferecer cultura, esporte e valorização profissional dos jovens, garantir o respeito à diversidade, criar novos canais de comunicação com a sociedade civil organizada, investir e valorizar a Autarquia de Trânsito, a Guarda Municipal, a Defesa Civil; atuar no combate à criminalidade com estatísticas, monitoramentos, plano de metas e diagnóstico de resultados; garantir a implantação urgente do novo Código de Posturas.

COMUNISEG - Governo federal representado


Foto: Raul Moreira

A primeira palestrante anunciada pelo cel. Hudson, na Conferência Municipal de Segurança Pública de Nova Friburgo, foi a socióloga Luciane Patrício, representante do Ministério da Justiça. Ela falou sobre financiamento de projetos municipais e explicou os mecanismos para obtenção re recursos junto ao governo federal. Segundo ela, indicadores de avaliação dos projetos implantados na área de segurança pública são ferramentas fundamentais para o sucesso de qualquer iniciativa no setor. Luciane Patrício é assessora especial da Coordenação Executiva da Conferência Nacional de Segurança (Conseg), a se realizar em agosto, em Brasília.

A socióloga elogiou a iniciativa do município de Nova Friburgo em organizar a conferência livre, etapa preparatória para o evento nacional, destacando os temas a serem abordados – financiamento de projetos, repressão qualificada da criminalidade, prevenção social ao crime e o papel da imprensa na cobertura de segurança – e a alta qualificação dos conferencistas.

Segundo Luciane, os programas do governo federal que destinam recursos financeiros para os projetos apresentados pelos municípios têm grande preocupação em analisar as formas apresentadas para o monitoramento destes projetos. Segundo ela, os indicadores de avaliação são fundamentais para o êxito de qualquer iniciativa implementada, além da participação da sociedade civil organizada. Ela destacou a importância dos conselhos comunitários de segurança nas discussões sobre a prevenção à violência. E defendeu que os municípios precisam investir em equipamentos e qualificação técnica de seu pessoal.

A assessora do Ministério da Justiça alertou que somente recursos financeiros não irão resolver o problema da violência, lembrando que a boa gestão destes recursos, para que se evitem desperdícios, e a humildade necessária para a correção das falhas e adoção de novos rumos nos projetos implementados são importantes. “Tem que haver planejamento”, afirmou Luciane Patrício, complementando: “Segurança pública é para ontem”.


A socióloga explicou que algumas iniciativas são prioritárias para o governo federal: a
desarticulação dos grupos criminosos, a valorização dos profissionais de segurança, o monitoramento e avaliação das políticas públicas no setor, investimentos em tecnologia e gerenciamento. Mas ressaltou como fundamentais, também, as ações preventivas e as atividades ligadas à área social, para que a repressão ao crime possa ser substituída por uma ocupação social, em que as áreas conflagradas recebam todo o apoio governamental, em educação, saúde, esporte e lazer, qualificação e capacitação profissional dos jovens.

Luciane Patrício também fez o alerta de que é necessário o envolvimento de toda a sociedade. “Não podemos permitir que se mantenha uma relação distanciada com o público. O problema da segurança é algo que atinge a todos, e todos devem participar. O problema é que as pessoas sequer freqüentam as reuniões dos condomínios onde vivem e isso é uma herança cultural que precisamos combater”, afirmou.

COMUNISEG - Polícia Militar mais preparada


Fotos: Raul Moreira


A palestra sobre Repressão Qualificada à Criminalidade reuniu, numa única mesa, os principais agentes de segurança da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro na I Conferência Municipal de Segurança Pública de Nova Friburgo. . No centro da mesa, o novo comandante geral da corporação, cel. Mário Sérgio de Brito Duarte, que já esteve à frente do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e até recentemente ocupou a presidência do Instituto de Segurança Pública (ISP), o que lhe garante um conhecimento profundo sobre os assuntos de segurança, tanto na abordagem técnica e de Inteligência quanto em relação às operações propriamente ditas para o combate ao crime.

Na platéia, dois ex-comandantes gerais da PM – o cel. Hudson de Aguiar Miranda, comandante da Força Tarefa de Ordem Urbana de Nova Friburgo – e o cel. Hilton Ribeiro, que também dirigiu o Bope; além do cel. Claudecir Ribeiro, comandante do Estado Maior da Polícia Militar na época em que o cel. Hudson chefiava a corporação, e o comandante do 35 Batalhão (Itaboraí), coronel Macedo.. Atentos à mesa sobre repressão qualificada, vários oficiais da Polícia Militar, além de guardas municipais e agentes de trânsito.




Primeiro a falar, o coronel Mário Sérgio agradeceu o convite feito pelo cel. Hudson e falou sobre os primeiros dias de atuação no comando da Polícia Militar. Ele afirmou que Nova Friburgo está nos planos do governo para o aumento de efetivo, mas explicou que o momento atual é de estudos, diagnósticos, para que as medidas mais urgentes sejam tomadas de imediato. Ele disse também que o serviço de inteligência da corporação será mantido, mas ajustado a uma nova realidade que estava sendo, justamente, mostrada durante a conferência de segurança de Nova Friburgo. “A P2 não é um braço do Judiciário, mas deve trabalhar com serviço de inteligência, para planejamento da forca policial”, afirmou.



O comandante da PM explicou que está fazendo um remanejamento de pessoal, numa reengenharia rápida para garantir um trabalho mais eficaz de prevenção ao crime, sempre com planejamento e estruturação de plano de metas. Uma das medidas foi retirar os policiais de postos de policiamento no interior de áreas conflagradas. “Estou colocando gente no asfalto e retirando das favelas, onde eles se expõem sem necessidade e acabam reféns do tráfico”, explicou, descartando que a corporação possa pensar em qualquer acordo tácito com a bandidagem.

Destacou o trabalho de pacificação que está sendo realizado pelo governo do Estado em áreas conflagradas, explicando que não adianta reprimir a criminalidade sem criar condições para que a população possa viver dignamente. “Manteremos um policiamento visível, ostensivo, para dar maior segurança à população, mas também é necessário fornecer saúde, educação, saneamento”, destacou. O cel. Mário Sergio lembrou que a participação dos municípios no esforço da segurança pública é fundamental. Disse que, certamente, cometerá muitos erros, mas alertou: “Não podemos nos aconselhar com receios”.



O major Fábio Sá Romeu, da Agência Central de Inteligência da Polícia Militar, falou em seguida, explicando ao público como está estruturado o Serviço de Inteligência – P2. O novo presidente do ISP, tenente-coronel Paulo Teixeira, revelou como funciona o trabalho no instituto e sua importância para auxiliar toda a ação da Polícia Militar. A apresentação do subcomandante do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), major PM Wilman Renê, que mostrou vídeos e uma apresentação sobre as ações do batalhão, tanto na repressão quanto na área social, ocupou boa parte da mesa sobre repressão qualificada. Ele apresentou imagens que revelaram a força das quadrilhas de tráfico de drogas no município do Rio, que utiliza pesados armamentos e cerceia a população que vive em áreas de conflito.

O major Renê contou em detalhes como é a rotina na comunidade de Tavares Bastos, em Santa Teresa, onde está instalado o Bope, e onde não existem ocorrências de criminalidade. A área está totalmente pacificada e é objetivo das forças de segurança do Estado estender tal clima às demais comunidades carentes do município. Ele também brincou com a platéia, perguntando, antes de começar a falar, de alguém queria “pedir para sair”, numa referência ao filme Tropa de Elite, sobre o trabalho do Bope.

COMUNISEG - Acadêmicos destacam prevenção social


Liliane Souzella, Filipe Honorato, Claudecir Ribeiro, Sebastião Santos e Cezar Honorato

Foto: Raul Moreira

A mesa que discutiu a prevenção social ao crime na Conferência Municipal de Segurança Pública de Nova Friburgo reuniu os acadêmicos Filipe Honorato, da Universidade Candido Mendes,; Sebastião Santos, do Viva Rio; e Cezar Honorato, do Observatório Urbano, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Mais uma vez, a necessidade de que a sociedade se engaje na luta contra o crime foi abordada pelos palestrantes. As discussões foram mediadas por Filipe Honorato, coordenador do Instituto Universitário de Políticas de Segurança e Ciências Policiais (IUPOL – da Candido Mendes).

O primeiro a falar foi Cezar Honorato, que elogiou o conteúdo do Plano de Prevenção elaborado pela Força Tarefa de Ordem Urbana de Nova Friburgo e a iniciativa do governo municipal, na pessoa do prefeito Heródoto Bento de Mello, de realizar a conferência. Ele afirmou que as políticas públicas precisam atuar no sentido de quebrar hábitos culturais arraigados na sociedade, em que as autoridades de segurança são encaradas como as únicas responsáveis pelo problema da violência. Uma das primeiras críticas de Honorato foi feita à mídia, segundo ele um espelho da sociedade, responsável por propagar a sensação de insegurança, a construção do medo.

O sociólogo alertou para o fato de que a maioria das pessoas relaciona criminalidade com pobreza e miséria, o que faz com que se condene a pobreza e não o delito. Cezar Honorato demonstrou profundo conhecimento sobre os problemas de Nova Friburgo, falando sobre as dificuldades das confecções de moda íntima frente à indústria da China, associando o fato a questões como desemprego, crise financeira e, em sua visão, crise de esperança, que são geradores indiretos do aumento da criminalidade, embora, ele reiterou, não se possa associar o crime à pobreza.

Honorato afirmou que a atuação da Guarda Municipal é fundamental para ajudar na redução da violência, desde que tenha um caráter preventivo e educativo; defendeu políticas sociais associadas a projetos de segurança e também convocou toda a sociedade a atuar diretamente na questão. E cobrou tolerância zero com os inúmeros e alarmantes casos de violência no trânsito de Nova Friburgo. Honorato afirmou que a violência no município do Rio é diferente da encontrada na região serrana, explicando que a atuação local exige uma outra forma de abordagem.

O coordenador do Viva Rio, Sebastião Santos, afirmou que o Brasil quer virar a página da insegurança, para explicar que o governo federal vem investindo pesado em projetos para auxiliar os municípios. Segundo ele, o momento é ideal: “Nunca tivemos tanto oportunidade quanto agora, com vontade política de quebrar paradigmas; há recursos para a formação correta de nossos agentes de segurança, e o envolvimento da sociedade civil é fundamental para tais iniciativas”, alertou.

COMUNISEG - O papel da imprensa na segurança

Cel. Hudson, Liliane Souzella, Raphael Gomide, Eduardo Castellano,
Jorge Antonio Barros, João Antonio Barros,
Ana Paula de Miranda e Andre Luis dos Santos

Foto: Raul Moreira
O papel da Imprensa na cobertura de segurança pública foi o tema da última mesa de debates da Conferência Municipal de Segurança Pública de Nova Friburgo. E mostrou a atuação de jornalistas no município do Rio, revelando falhas e apontando reivindicações da categoria no sentido de que é necessária uma maior transparência e relação de confiança entre as forças de segurança e os profissionais de mídia.

Jorge Antonio Barros (editor de O Globo e autor do blog Repórter de Crime), João Antonio Barros (setorista de segurança de O Dia) e Raphael Gomide (repórter da sucursal Rio da Folha de São Paulo), que acumulam inúmeros prêmios de jornalismo, falaram sobre a atuação da imprensa, numa palestra que foi mediada pela antropóloga Ana Paula de Miranda, da Universidade Federal Fluminense, e que escreve no blog Casos de Polícia, do jornal Extra.

A mesa foi marcada pela descontração. Ana Paula, que foi presidente do Instituto de Segurança Pública do Governo Estadual durante anos, brincou dizendo que, naquele momento, estava do outro lado. Depois de ter sido sabatinada anos a fio pelos jornalistas presentes, nas entrevistas coletivas que dava para divulgar os números da criminalidade no Estado, ela se via na condição de entrevistadora.
Os três jornalistas apresentaram um resumo de suas atividades. Jorge Antonio Barros destacou que a imprensa evoluiu muito na cobertura de segurança, que hoje é encarada com mais respeito, conta com profissionais especializados, preocupados em contextualizar os fatos e não apenas divulgar notícias de crime.

João Antonio Barros apresentou dois vídeos que mostraram as últimas reportagens investigativas feitas pelo jornal O Dia, comentou sobre as dificuldades que os jornalistas enfrentam para atuar na área de segurança, mencionando o fato de uma equipe ter sido seqüestrada e torturada quando apurava uma reportagem sobre a milícia nas favelas cariocas, e falou sobre a necessidade de que as forças de segurança tenham mais confiança no trabalho da imprensa.

Raphael Gomide, da Folha de São Paulo, falou sobre sua experiência na premiada reportagem “O Infiltrado”, em que ele passou um mês em treinamento no curso para a Polícia Militar, depois de ter enfrentado sete meses de processo seletivo no concurso de ingresso na corporação. Ele falou dos problemas enfrentados pelos policiais, criticou a atuação violenta de agentes, mas relatou também o drama vivido pelos PMs, estigmatizados pela sociedade, que não tem noção dos perigos enfrentados pelos policiais.

O momento de maior descontração de toda a conferência ficou justamente por conta do encerramento desta mesa sobre a Imprensa. O consultor da Força Tarefa de Ordem Urbana, major Eduardo Vaz Castellano, reencontrou-se com o “aluno” Raphael Gomide. O major foi um dos instrutores do grupo em que Gomide estava infiltrado e os dois não se viam desde então. Ao lado do cel. Hudson de Aguiar Miranda, Castellano cumprimentou o ex-aluno e ficou sabendo que, ainda sem ter seu nome mencionado (por questões éticas, o jornalista da Folha de S.Paulo não citou os envolvidos, já que eles não tinham conhecimento da condição de Gomide no grupo), irá virar personagem de livro, a ser lançado por Gomide no final do ano.

IMAGENS DA COMUNISEG
























sábado, 25 de julho de 2009

Inscrições abertas para cursos de extensão

A Universidade Candido Mendes de Nova Friburgo reabre as inscrições para cursos de extensão, nas áreas de Jornalismo, Publicidade e Produção. Podem se inscrever jornalistas, publicitários e profissionais da área de Gestão, além de alunos de Comunicação Social. Os horários são variados e, em alguns casos, os cursos são oferecidos nos finais de semana.

O curso de Comunicação Social começou a oferecer esta modalidade de ensino – extensão, com carga horária entre 20 e 60 horas - no primeiro semestre. Em julho, foi realizado curso de Assessoria de Imprensa, com a professora Elza Calazans, assessora de imprensa da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Desta vez, as novidades ficam por conta dos cursos de Jornalismo Empresarial, Comportamento do Consumidor, Opinião Pública, Repórter de TV Ao Vivo e Produção de Entretenimento para TV.

Também estão abertas as inscrições para os cursos de Jornalismo Investigativo, Fotografia Digital, Repórter Cinematográfico, Jornalismo Especializado em Moda.

Três cursos constam da grade obrigatória de Comunicação Social – Jornalismo Empresarial, Comportamento do Consumidor e Opinião Pública. Diante da demanda – profissionais que já atuam na área e fizeram os cursos de Moda e de Assessoria de Imprensa no primeiro semestre demonstraram interesse em cursar tais disciplinas - a coordenação decidiu abrir inscrições externas também. O curso de Produção de Entretenimento para TV também será oferecido como eletiva aos alunos da Universidade Candido Mendes.

Os cursos são abertos à comunidade, as aulas estão previstas para este segundo semestre letivo, sujeitas a um número mínimo de vagas preenchidas para seu início. O investimento varia entre R$ 120,00 e R$ 190,00, dividido em duas ou três parcelas. Será cobrada taxa de R$ 10,00 para emissão de certificado. Os interessados devem ligar para (22) 2523.9932.

OS CURSOS

--- JORNALISMO EMPRESARIAL – 60h/a - Professora Elza Calazans
Aulas às quintas-feiras, de 20h30 às 22h30
Investimento: 3x R$ 70,00. - Público-alvo: Jornalistas e alunos de Comunicação.
Vagas limitadas: até 30 alunos.

--- OPINIÃO PÚBLICA – 60h/a - Professora Elza Calazans
Aulas às sextas-feiras, de 18h30 às 20h30
Investimento: 3x R$ 70,00.
Público-alvo: Jornalistas, Administradores, Economistas, Gestores e alunos de Comunicação Social. Vagas limitadas: até 30 alunos.

--- COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR – 60h/a - Professora Elza Calazans
Aulas às sextas-feiras, de 20h30 às 22h30
Investimento: 3x R$ 70,00.
Público-alvo: Jornalistas, Administradores, Economistas, Gestores e alunos de Comunicação Social. Vagas limitadas: até 30 alunos.

--- FOTOGRAFIA DIGITAL – 24h/a - Professor Sandro Tebaldi
Aulas às terças-feiras, de 18:30h às 22:30h. - Seis encontros
Investimento: 2x R$ 80,00. – Público alvo: Sem restrições.
Vagas limitadas: de 25 a 30 alunos

--- JORNALISMO ESPECIALIZADO DE MODA – 28h/a -Professora Elza Calazans
Aulas em dois finais de semana: sábado, de 8h às 18h, e domingo, de 8h às 13h.
Investimento: 2 x R$ 90,00. – Público alvo: Jornalistas e alunos de Comunicação Social.
Vagas limitadas: Mínimo de 20 alunos.

--- PRODUCÃO DE ENTRETENIMENTO NA TV – 60h/a - Professora Luciana Ferraz
Aulas às quartas-feiras, de 20h30m às 22h30m. - De 10 de agosto até final de novembro
Investimento: 3 x R$ 70,00. – Público alvo: Jornalistas, publicitários e alunos de Comunicação Social.
Vagas limitadas: até 30 alunos.

--- JORNALISMO INVESTIGATIVO – 32h/a - Professora Elaine Duim
Aulas em dois finais de semana: sexta, de 18h às 22h; sábado, de 9h às 18h; domingo, de 8h às 12h.
Investimento: 2x R$ 90,00. – Público alvo: Jornalistas e alunos de Jornalismo.
Vagas limitadas: de 20 a 40 alunos.

--- REPÓRTER CINEMATOGRÁFICO - 28h/a - Professor Eduardo Bernabé
Aulas em dois finais de semana: sábado, de 8h às 18h, e domingo, de 8h às 13h.
Investimento: 2 x R$ 85,00. – Público alvo: Jornalistas e alunos de Comunicação Social.
Vagas limitadas: de 20 a 30 alunos.

--- REPÓRTER DE TV – AO VIVO - 16h/a - Professora: Poliana Matta
Aulas às quartas-feiras, de 20h30m às 22h30m. - Oito encontros
Investimento: 2 x R$ 60,00. – Público alvo: Jornalistas e alunos de Comunicação Social.
Vagas limitadas: de 20 a 30 alunos.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Homenagem póstuma a Conrado Sichel

A 1ª Conferência Municipal de Segurança Pública de Nova Friburgo – COMUNISEG - que será realizada no próximo sábado (25), na Queijaria-Escola, em Conquista, prestará homenagem póstuma ao engenheiro Conrado Sichel. Então Diretor de Tráfego da Autran – Autarquia Municipal de Trânsito, ele foi morto em assalto na última segunda-feira, 20, no centro da cidade. A decisão unânime de homenageá-lo foi da diretoria da Força Tarefa de Ordem Urbana, na manhã desta terça-feira, 21, durante o sepultamento de Conrado, que era aluno formando em Direito pela Universidade Candido Mendes.




A Conferência, para a qual Conrado colaborou na fase de planejamento, é um esforço para unir a sociedade e o governo em torno da discussão dos melhores caminhos para combater a violência que tem tomado conta da cidade. "A participação de todos é fundamental. Tivemos mais uma prova clara de que todos nós podemos ser vítimas. Portanto, precisamos nos unir e buscar soluções com o apoio do Governo", declarou o Assessor Técnico da Autran, coronel Claudecir Ribeiro da Silva.

"Nova Friburgo é, hoje, um dos destinos para o refúgio dos marginais que começam a serem pressionados pela política de combate direto à criminalidade implantada pelo novo comando geral da Polícia Militar na Capital. Precisamos fechar as portas, trabalhar preventivamente para que criminosos como os que assassinaram Conrado não façam de nossa cidade uma alternativa para o crime", comentou o major Eduardo Vaz Castelano, consultor da Força-Tarefa. Neste sentido, a prisão dos dois envolvidos no crime foi muito positiva, no sentido de mostrar que a cidade não está tão vulnerável assim à ação destes criminosos.

Na conferência, será assinado o decreto de criação do Gabinete de Gestão Integrada Municipal em Segurança Pública, uma comissão, presidida pelo prefeito Heródoto Bento de Mello, que visa reunir as autoridades de segurança e de outras áreas do município, do Estado e do Governo Federal para analisar, discutir e recomendar a implantação de ações no combate à violência em Nova Friburgo.

Além disso, será lançado o primeiro Plano Municipal de Prevenção à Violência e Promoção da Paz, que reúne 20 compromissos do governo municipal para a melhoria da segurança pública na cidade. "O sucesso do plano depende da participação da sociedade, a qual também depende do êxito do plano para deixar de ser alvo fácil do crime. Ou seja, é hora de participar da solução. Criticar e não participar é uma atitude cômoda que não pretendemos adotar como cidadão. A solução está em nossas mãos também. Sofremos na própria carne com essa tragédia. Conrado era um de nós e sua perda nos entristece ao mesmo tempo em que fortalece nosso propósito." comentou o consultor André Luis Santos, colaborador do coronel Hudson de Aguiar Miranda.

"Estamos buscando fazer a nossa parte, a parte do Município na questão da segurança pública. No que depender de nós, fatos como esse não voltarão a acontecer em Nova Friburgo. O Estado, através da Polícia Militar e seu novo comandante de área, tenente-coronel James de Barros, demonstrou também seu compromisso na captura e prisão imediata dos assassinos confessos. É preciso que a sociedade também faça a sua parte comparecendo em massa ao evento, propondo e discutindo soluções", afirmou o cel. Hudson, comandante da Força-Tarefa de Ordem Urbana.

As vagas são limitadas à lotação do teatro da Queijaria-Escola. Será servido café da manhã, almoço e coffee break durante o evento que acontecerá de 08h às 18h30m, em Conquista. A concessionária Faol disponibilizará ônibus especiais durante todo o dia para o evento, saindo da rodoviária de integração a partir das 07 horas.

Estudantes, trabalhadores, membros de organizações não governamentais, associações de moradores e profissionais de segurança pública estão convocados e são o público esperado para o evento ao qual só terão acesso as pessoas que se inscreverem previamente.

As inscrições devem ser feitas pelo site http://www.comuniseg.orgfree.com/, onde se encontram também todos os detalhes sobre o evento, uma realização da Prefeitura Municipal de Nova Friburgo, com apoio da Universidade Candido Mendes, da Friburgo Auto Ônibus e outros parceiros da iniciativa privada.

Noite musical em dose dupla


Por Dara Bandeira (2°período)

O Teatro Municipal de Nova Friburgo contou com a presença de Oxana Kornievskaya, Georgiy Gayvoronskiy e Dilia Tostam na terça feira, dia 21 de julho. Pontualmente às 20 horas, o espetáculo teve início. O trio russo era composto por soprano, tenor e piano, que superou as expectativas da platéia que acompanhou a apresentação de dez conceituadas óperas. Antes de cada obra havia uma breve narrativa sobre o significado e história do solo, o que proporcionou um melhor entendimento do público.

Os solistas são atuantes do Teatro de Bolshoi, reconhecido como uma das melhores companhias de balé e ópera do mundo, e já se apresentaram em diversos países, sempre sobre a direção de importantes regentes. Além do Bolshoi, Oxana também se especializou, dentre outras coisas, em Regência Coral pela Escola de Música de Vladivostol.Gerogiy graduou-se pela Academia de Música Gnessiniy de Moscou.

Logo após a apresentação russa, o público pôde se dirigir ao Anfiteatro, na Praça do Suspiro, onde ocorreu o show Delicatessen (Jazz). A proximidade dos dois eventos colaborou para que os fãs de uma boa música pudessem presenciar as duas atrações noturnas do Festival Internacional de Inverno, que prossegue até o dia 26 deste mês.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Vanessa da Matta encanta Friburgo






Por Dara Bandeira e Priscila Hoverneck (2º período)

"Nova Friburgo, clima frio, coração quente". Com essa chamada, teve início o show de Vanessa da Mata na Ilha do Nova Friburgo Country Club, no último sábado, 18 de julho: mais uma atração do 8° Festival Internacional de Inverno.

Por volta das 22 horas, a cantora subiu ao palco, cheia de energia, com um repertório de sucessos como "Amado" e "Boa Sorte", originalmente gravado com o cantor Ben Haper. A parceria deu tão certo que, em 2008, a música era tocada nas rádios cerca de 700 vezes por dia.

O público compareceu em peso para conferir o talento da cantora, tornando o Country Club aparentemente pequeno para tanta gente. Apesar da distância, devido ao lago entre o palco e o gramado onde o público estava concentrado, houve grande interação entre atração e platéia durante todo o espetáculo.

A estrela chamou atenção com as características performances inusitadas no palco, traduzindo o sentimento existente em cada música e despertando ainda mais a curiosidade do público, sem contar com a personalidade única, perfeitamente expressa em seu figurino e aparência.

“Muita gente tem esse cabelo como o meu, mas poucas têm a coragem de assumi-lo, como eu", afirmou Vanessa na introdução da música "Joãozinho", uma crítica à sua tia, que alisava os cabelos.



Como foi dito no lançamento do Festival de Inverno pelo secretário de Cultura Roosevelt Concy, a cantora também afirmou que faz parte da nova geração da MPB. "MPB Contemporânea", traduziu.

"Eu curtia Chico Buarque, Vinicius de Morais e Amado Batista na infância", contou. Em entrevista à Agência INF, disse que não se deixa lisonjear com o sucesso, o mais importante é o trabalho e é nele que ela se concentra para obter ainda mais reconhecimento por seu talento.

Jacques Demy para celebrar o ano da Fraça no Brasil


Por Amine Silvares (8 período)

Começa hoje e vai até quinta-feira a Retrospectiva Jacques Demy no Centro de Arte de Nova Friburgo. Com duas sessões diárias, uma às 15h e a outra às 17h, quatro dos principais filmes do cineasta francês serão exibidos. Hoje tem “Duas Garotas Românticas” e amanhã é dia de “Lola”. Quarta e quinta-feira, respectivamente, “Os Guarda-Chuvas do Amor” e “Baía dos Anjos”.

Demy gostava de musicais e dirigiu seu primeiro filme, “Lola”, em 1961, no qual a atriz francesa Anouk Aimeé interpretava uma cantora de cabaré. Em “Os Guarda-Chuvas do Amor”, seu filme mais memorável, o cineasta conta a história de uma adolescente que está indecisa entre esperar seu namorado que foi pra guerra ou se casar com um comerciante. “Duas Garotas Românticas” fala sobre duas irmãs gêmeas a procura do amor e em “Baía dos Anjos” Jackie, uma parisiense de meia idade, deixa seu marido e filhos para se aventurar no mundo das apostas em Nice.

Jacques foi casado com a também cineasta Agnès Varda e morreu com 59, em 1990, de Aids. Ele produziu cerca de 20 filmes em toda sua carreira.


Carmina Burana no Country Club

Por Dara Bandeira

A Orquestra e Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro apresentaram, na noite deste domingo, 19, no palco da ilha do Nova Friburgo Country Club, os espetáculos Calr Off, Camina Burana e Cantiones profanae. As apresentações tiveram início às 20h15min, com a presença de centenas de pessoas que, apesar do clima frio e úmido, participaram da atração de música clássica erudita.

Composta por violinos, violas, violoncelos, trompas, trompetes, clarinetes, pianos, tubas, harpas, oboés, fagotes, contrabaixos e todos os timbres de vozes, os músicos, sob a regência do Maestro Silvio Viegas, encantaram o público de maneira significativa e singular.

A atração contou também com a participação do Coro Infantil da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que tem como regente a maestrina Maria José Chevitarese. Com muita segurança e seriedade as crianças subiram ao palco para dar um toque especial à apresentação.

O Maestro Silvio Viegas, em entrevista exclusiva para Universidade Candido Mendes, afirmou, dentre outras coisas, que sua principal função enquanto artista é levar a música clássica a todos os lugares. Tornar a realidade mais próxima de todo e qualquer público para que as formas expressão musical não estejam fadadas ao desaparecimento é a missão de todo músico, já que desde séculos passados o estilo musical erudita se faz presente. Após parabenizar a cidade pelo evento, Silvio disse ver em festivais como o de inverno a resposta para o trabalho que é desempenhado pela orquestra e acredita que o apoio e receptividade do público são o que os enche de energia.

A noite musical teve seu fim às 21h30min e os ouvintes mostraram-se satisfeitos com a apresentação. O Festival de Inverno prossegue com suas atrações até o dia 26 de julho, com música para todos os gostos.


domingo, 19 de julho de 2009

Tradição na Expo Cordeiro



Por Mateus Almeida (2º período)

Foi realizada neste sábado, 18, a cerimônia de abertura da 67 Exposição Agropecuária de Cordeiro. O prefeito Sílvio Abreu Daflon começou o seu discurso relembrando da primeira exposição, que contou com a presença do então presidente Getúlio Vargas, há mais de 60 anos. Ressaltou a importância do evento, que traz visibilidade e interesses aos diversos produtores do Estado.

Com seu vice, Devair Torres de Almeida, o prefeito de Cordeiro recepcionou prefeitos vizinhos, além dos secretários estaduais de Agricultura, Cristino Áureo; de Transportes; Júlio Lopes, e dos deputados estaduais Aparecida Gama, que representou o governador Sérgio Cabral, e Rogério Cabral.



Ressaltando a importância da Expo Cordeiro, a deputada Aparecida Gama disse que "essa é a [exposição] número um da região e do Estado do Rio de Janeiro". Reforçou a importância em se investir no homem do campo, pois é através dele que se terá um Estado mais forte, um exemplo de farol para o resto do país.

A cerimônia de abertura da 67ª Exposição Agropecuária de Cordeiro teve a apresentação da Sociedade Musical Fraternidade Cordeirense.


Ainda foram realizadas as Aberturas Oficiais da Expo Arte, com obras de artistas locais, e a Expo Moda, que conta com a presença de marcas que se destacam no município.



A 67ª Exposição Agropecuária de Cordeiro acontece de 18 a 26 de julho, no Parque de Exposição Raul Veiga.

sábado, 18 de julho de 2009

LiberTango revive Piazzolla

Texto e foto: Amine Silvares (8º período)

O grupo brasileiro LiberTango se apresentou na noite de sexta-feira (17) no Teatro Municipal Ariano Suassuna. Tocando tangos inesquecíveis do argentino Astor Piazzolla, a segunda noite do 8º Festival Internacional de Inverno ganhou um belo tom melancólico.

Formado por Estela Caldi, Marcelo Caldi, Alexandre Caldi e Marcelo Rodolfo, a banda trouxe para serra um ar mais romântico e triste, típicos do ritmo portenho. As canções de Piazzolla ganharam uma nova roupagem e conquistaram o público. O melhor momento do show talvez tenha sido um dueto no piano que emocionou quem estava presente.

Clássicos como “Adiós Nonino”, “Años de Soledad”, “La Muerte del Angel” e a obra-prima do compositor, “Libertango”, que dá nome ao grupo, foram ovacionadas. As milonga, tangos e valsas foram representadas com paixão pelo quarteto. No final da noite, mesmo com toda a melancolia que é peculiar ao tango, todos estavam felizes por poder prestigiar um espetáculo digno do grade mestre.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Emoção na abertura do 8º Festival de Inverno

Texto e foto: Amine Silvares (8º período)

Teve início na noite desta quinta-feira, 16, o 8º Festival de Inverno de Nova Friburgo. O concerto “Messias” de Georg Haendel, exibido no Teatro Municipal Ariano Suassuna, foi o primeiro de vários eventos que acontecerão na cidade entre 16 e 26 de julho. O tema desta edição será o ano da França no Brasil. O prefeito Heródoto Bento de Mello e o secretário de Cultura, Roosevelt Concy, marcaram presença.

O concerto inicial começou pontualmente às 21h30m, como havia sido previsto pela organização. A Camerata Dell’Arte, Coral Municipal de Petrópolis e solistas com regência do maestro Carlos Prazeres apresentaram a obra mais famosa do compositor alemão Georg Friedrich Haendel. O oratório, que narra a vida de Jesus Cristo, não foi interpretado na íntegra, apenas suas partes principais. O motivo da escolha foi o fato de que, em 2009, comemoram-se os 250 anos da morte de Haendel.

“Messias”, composta em 1741 e apresentada pela primeira vez em 1742, em Dublin, na Irlanda, causou um grande impacto até mesmo no rei George II, que se levantou. Existem muitas teorias sobre o porquê dele ter feito isso, porém, a mais aceita é que George II teria ficado tão emocionado ao ouvir as primeiras notas que se levantou, fazendo com que todos os seus súditos levantassem também, já que o protocolo real diz que, quando o rei se levanta, os súditos devem fazer o mesmo. Essa tradição é mantida até hoje na Europa e nos EUA e, na noite de ontem, o público presente no teatro fez o mesmo.

Após ser aplaudido de pé, no final do concerto, os músicos fizeram um bis de “Hallelujah”. O espetáculo durou pouco menos de uma hora e meia, mas, todos saíram de lá muito satisfeitos com o que viram. Uma ótima forma de começar o 8º Festival de Inverno.

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