sexta-feira, 18 de junho de 2010

UCAM orienta júri simulado

Por Dara Bandeira

Um evento inovador na área da educação ocorreu na última segunda-feira, dia 14, na sala do Tribunal do Júri, no Fórum de Nova Friburgo. Os alunos do Colégio Externato Santa Ignez, em parceria com a Universidade Candido Mendes, realizaram um júri-simulado baseado na história do livro ‘Capitães de Areia’, de Jorge Amado.

O projeto pedagógico para discussão do livro ‘Capitães de Areia’ teve como foco a leitura como construção do pensamento crítico e foi desenvolvido pela professora Bianca Araújo, na disciplina de Literatura. Teve início com a leitura do livro que retrata a vida de menores abandonados, os "capitães da areia", nome pelo qual eram conhecidos os "meninos de rua" na cidade de Salvador dos anos 30.

Posteriormente, o professor da Universidade Candido Mendes Luigi Mastrangelo Brust concedeu embasamento legal para construção de teses, tanto de defesa, quanto de acusação. E, também como forma de preparação, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer e discutir Estatuto da Criança e do Adolescente; bem como suas implicações no contexto social.
Os alunos do ESI também assistiram a uma palestra com a professora de história e coordenadora, Maria das Graças acerca da contextualização histórica da obra na era Vargas, analisando correntes políticas e filosóficas que refletiram na questão do menor à margem da sociedade. Toda a montagem escrita da argumentação foi orientada pela professora de leitura e produção textual, Ana Tereza.

O evento foi composto por debates acalorados e cheios de propriedade entre as bancas de defesa e acusação. Os estudantes puderam demonstrar total domínio sob a história da obra e sobre retórica expondo seus argumentos de forma clara, ordenada e convincente.

‘Nosso pensamento estava voltado para a utilização do livro como subsídio para os alunos questionarem comportamentos já condicionados pelo meio social em que vivem, como por exemplo, o de ignorar totalmente a realidade das crianças e adolescentes que, tão próximos de nós, vivem completamente à margem da sociedade, afirma a professora Bianca.’

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