quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Um sem carro e sem governo

Elza Calazans

O Dia Mundial Sem Carros foi comemorado no dia 22 se setembro, em diversos países do mundo. Já tive oportunidade de assistir a esse evento em Munique e vi como aquela cidade inteira se mobilizou.Por aqui houve um tímido movimento. Eu esperava que o Governo do Estado fosse aderir de corpo e alma, mas a Secretaria de Transportes do Estado não se mexeu. As adesões ficaram restritas à capital, apesar de o governador ter andado de bicicleta motorizada.
O Dia Mundial Sem Carro é um evento louvável, mas para ter pleno êxito é necessária a firme adesão do Governo do Estado e de todas as Prefeituras que compõem as Regiões Serrana e Metropolitana.
Não é necessário somente que se corra para a foto do jornal; mas que se organize de fato, o Dia Mundial sem Carro. Eu, de forma isolada, dei minha contribuição. Deixei o carro na garagem e segui para o trabalho de ônibus, coisa que volta e meia faço. Ele passa na porta da minha casa e custa R$ 2,20. Vamos torcer para dar certo na próxima vez.
Agora, gostaria de fazer uma observação sobre o advogado José Antônio Toffoli, candidato a uma vaga no Supremo. Ele ainda é o Advogado Geral da União, militante petista e advogado do PT - por muitos anos. Foi ele o autor da representação de inconstitucionalidade contra a Lei das Organizações Sociais, do Fernando Henrique Cardoso com representação de inconstitucionalidade do PT com o PDT.
Àquela época, Gilmar Mendes era o Subsecretário da Casa Civil, do Fernando Henrique. Então, na análise que fiz desse processo, achei muito interessante: o Advogado Geral da União era o advogado do PT, e o Subchefe da Casa Civil, o Presidente do STF.
Quando o Presidente FHC indicou Gilmar Mendes para o Supremo, a bancada do PT botou a boca no mundo, fez críticas duríssimas. Disse que o Presidente da República estava aparelhando o Supremo. Vejam como o castigo vem a cavalo! Hoje o Presidente Lula está propondo que o advogado do PT, o Toffoli, seja Ministro do Supremo Tribunal Federal.
Ora, o Presidente da República tem todo o direito de escolher quem quiser e bem desejar. No momento em que o Toffoli assumir uma cadeira como Ministro do STF - se o Senado Federal assim aprovar -, ele deixa de ser advogado do PT, será um Ministro do STF, cargo vitalício. Como ele tem 40 anos, só sairá quando completar 70 anos. Assento garantido por mais quase 30 anos.
Tão diferente da bancada do PT, que fez duras críticas à indicação de Gilmar Mendes, venho até aqui dizer que o Toffoli tem todo o direito ocupar a vaga deixada pelo Ministro Carlos Direito. Qualquer um que vai para o Supremo, vai por ato de escolha, e as pessoas têm ligação com suas histórias.
Essa será sem dúvidas, mais uma novela que o povo brasileiro precisa acompanhar, não com a mesma emoção do caminho para a India, mas com a atenção voltada para saber como chegar ao Supremo.

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