segunda-feira, 22 de junho de 2009

Saúde prevenção

Orlando Castor
7º período


A tuberculose é uma doença que fez milhares de vítimas no passado, mas que hoje encontra inimigos poderosos nessa luta: vacina e medicamentos. Entretanto, ela vem crescendo assustadoramente no Brasil nos últimos anos, principalmente no Estado do Rio de Janeiro. Os índices de contágio preocupam as autoridades de saúde e evidenciam a necessidade de campanhas de conscientização.
De acordo com o Ministério da Saúde, no Rio são registrados os casos mais frequentes de infestação se comparados com outras regiões do país. A cada ano, cinco mil brasileiros morrem vítimas de tuberculose, uma doença que anualmente atinge 85 mil pessoas.
Causada pelo bacilo de Koch, que atinge principalmente os pulmões, a tuberculose é caracterizada por tosse prolongada por mais de duas semanas. O doente não tratado pode transmitir a doença pela fala, tosse, espirro e por compartilhar objetos contaminados como copos e talheres.
Especialistas apontam que as más condições de vida, como a favelização, ajudam a propagar a tuberculose. Pessoas debilitadas por pouca alimentação ou abuso de cigarro e álcool têm mais possibilidade de ficar doentes. O levantamento do Ministério da Saúde aponta que, no Rio, as áreas de favela concentram o maior número de contaminados.
“O bacilo de Koch foi uma verdadeira praga na Europa entre os séculos 14 e 17 justamente pela falta de higiene entre as pessoas e alimentação inadequada. Seria a forma como vivem hoje as pessoas das favelas. O importante é conscientizar que existe cura, mas com persistência”, explica o pneumologista Ricardo Peó.
O tratamento da tuberculose é gratuito em hospitais e postos de saúde conveniados ao Sistema Único de Saúde. Os médicos apontam que o paciente ainda precisa entender que esse tratamento é prolongado.
“A cura total leva, em média, seis meses. São meses tomando medicamentos. No entanto, o problema é que no segundo mês de tratamento o indivíduo já se sente melhor e para de procurar ajuda médica acreditando estar curado, o que é um erro. Isso possibilita o reaparecimento da tuberculose em um estágio mais avançado”, aponta o médico.

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