segunda-feira, 18 de maio de 2009

Aberta a temporada de montanhismo no Rio

Por Orlando Castor (7º período)


Escaladas simultâneas em doze picos da Serra dos Órgãos, entre Teresópolis e Petrópolis, marcaram a abertura da alta temporada de montanhismo no Brasil no último sábado, 16. As novidades deste ano foram as atividades voltadas para crianças e o público leigo em esportes radicais, como trilhas guiadas, tirolesa, brincadeiras e exposição de equipamentos na sede do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em Teresópolis.
Mesmo com frio e tempo chuvoso o clima foi de animação. Ao meio-dia, montanhistas chegaram simultaneamente aos famosos cumes da Serra, como o Dedo de Deus, a Agulha do Diabo, o Nariz do Frade, o Escalavrado, Garrafão, Pedra do Açu e Pedra do Sino. As escaladas foram organizadas pelos clubes de montanhismo de todo país em um evento que reuniu alpinistas de onze Estados e quatro países. Para quem não gosta de tanta adrenalina nas veias, ao mesmo tempo foram oferecidas atividades como trilhas interpretativas guiadas por condutores capacitados, tirolesa sobre a piscina natural do Parque, jogos e brincadeiras educativas.
“Esse ano a abertura da alta temporada de montanhismo na Região Serrana tem um gosto especial porque, para quem não sabe, Teresópolis é a capital nacional do alpinismo, o Dedo de Deus é símbolo do Estado, é monumento geológico internacional e símbolo do montanhismo sul-americano”, explica Marcello Medeiros, presidente do Centro Excursionista de Teresópolis.
O Parque Nacional da Serra dos Órgãos reúne algumas das mais famosas escaladas do país e a inigualável travessia Petrópolis-Teresópolis, considerada uma das trilhas mais bonitas do Brasil. Também tem a Pedra do Sino, o ponto mais alto da Região Serrana e a Agulha do Diabo, recentemente considerada por uma revista norte-americana como uma das quinze escaladas mais difíceis do planeta.
O contato com a natureza e a possibilidade de ter diversão em meio à Mata Atlântica e o que resta de preservado dela trouxe a Teresópolis a estilista friburguense Mayara Aragão junto com o marido e os dois filhos.“É uma maravilha. Há uns quinze anos eu, meu marido, amigos e primos subimos a Pedra do Sino. Virou programa tradicional de inverno e já estamos planejando esse mesmo passeio para as férias de julho. O mais legal é que fazemos amizades com outros interessados nesses passeios, como mineiros, paulistas, cariocas e até pessoas de outros países”, comenta Mayara.
Até o início de outubro as trilhas estarão abertas para os visitantes que quiserem ter contato com a natureza preservada. É importante que o grupo vá preparado com um guia que conhece a região.“Roupa e tênis confortável. Subir a montanha em dia de lua cheia é uma dica para economizar pilhas das lanternas. De alimento, coisas práticas como sanduíches, biscoitos, barras de cereais e chocolates”, explica Marcello.

Dicas de preços e taxas
Desde março, as entradas no Parque Nacional da Serra dos Órgãos foram reajustadas. O turista interessado em fazer os passeios que a unidade oferece deve ficar atento aos preços das taxas.Têm direito a isenção da taxa de ingresso os menores de sete anos e maiores de 60. Além disso, esta isenção se aplica somente ao ingresso do visitante e ao estacionamento do veículo em que o mesmo se encontra.
O ingresso para passear no parque custa R$ 3,00 por visitante, o estacionamento para carros, R$ 5,00, e para motos, R$ 3,00. O valor do camping é de R$ 6,00 o pernoite por pessoa. Turistas que quiserem passear pelas trilhas das montanhas pagam R$ 12,00 para o sistema “bate e volta” e R$ 24 o pernoite.
O Parque Nacional da Serra dos Órgãos funciona todos os dias das 8h às 17h. É permitida a entrada no parque entre 6h e 8h e entre 17h e 22h mediante compra antecipada de ingresso. Para acessar a área de montanha é necessário o preenchimento do termo de conhecimento de riscos.“É um passeio que vale muito a pena. Esquecemos todo o estresse diário e entramos em contato com um outro mundo, outra realidade. Quero ensinar aos meus filhos a importância desta preservação e deste contato”, pontua Mayara.

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