sexta-feira, 3 de abril de 2009

Ovos de Páscoa em pedacinhos
Consumidor deve ficar alerta para não ter prejuízo

Por Orlando Castor (7 período)

Virou hábito entre os consumidores brasileiros: antes de levar para casa é um tal de aperta aqui e ali. Tudo começou com as frutas, mas esse jeito de comprar usando as mãos se estendeu também para outros produtos vendidos nos supermercados. O problema é que os ovos de Páscoa, por exemplo, não suportam tantos apertões e acabam se quebrando. Com esse problema, quem vai levar um produto destruído para casa?

Para esta Páscoa, a indústria brasileira de guloseimas produziu mais de 23 mil quilos de chocolate entre ovos, bombons e barras. A estimativa é que 3% dos ovos serão quebrados pelos consumidores nas lojas. Isso significa produção praticamente jogada fora, que nem mesmo em promoção ninguém quer comprar.“Ovo quebrado não tem graça para a criança. Não compro nem com desconto. Causa um pouco de decepção, né? Mas confesso que é preciso pegar para vermos o peso”, explica a dona-de-casa Marluce Lemos, que nesta Páscoa vai comprar pelo menos seis ovos para os netos.

Algumas fábricas recebem o produto de volta, mas quando o comerciante não consegue devolver para a indústria, o jeito é fazer promoções. A maior parte das empresas fornecedoras não aceita a troca.A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor alerta que é preciso muita atenção na hora de comprar chocolate. Se a pessoa compra o ovo fora da promoção e vem quebrado, tem todo direito de trocar a mercadoria, desde que esteja com a nota fiscal.

O debate sobre esta questão foi levantada na Páscoa de 2006, quando um consumidor gaúcho entrou na Justiça contra uma loja de doces por ter comprado três ovos de chocolate que estavam quebrados e o estabelecimento não queria realizar a troca.

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