segunda-feira, 27 de abril de 2009

Decisão do Governo Federal traz benefícios à saúde e aos cofres públicos

Por: Juliana Munhé (7º período)

Uma decisão polêmica do Governo Federal promete aumentar a arrecadação dos cofres públicos em nome do bem comum: o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados, o IPI, para cigarros, deixando o produto 25% mais caro. Com isso, o governo passaria a arrecadar R$ 560 milhões a mais este ano.

O Brasil gasta por ano cerca de R$ 338 milhões em saúde pública no tratamento de pacientes com câncer provocado pelo vício de fumar, o tabagismo. Comprovadamente, o tabaco é a droga que provoca mais mortes no mundo e é diretamente responsável por 90% dos casos de câncer no pulmão, doença altamente letal. Além prejudicar diretamente quem fuma, pneumologistas apontam os malefícios dos “fumantes passivos”: pessoas que convivem com a fumaça do cigarro. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, de cada 50 casos de enfisema pulmonar, duas foram em pessoas que inalavam a fumaça do cigarro.

Apesar de a indústria tabagista argumentar que esse reajuste levaria mais consumidores para o mercado informal de contrabando de cigarros, estudos econômicos realizados pelo Banco Mundial comprovam que há uma redução no consumo de cigarro de cerca de 4% em países de renda elevada e cerca de 8% em países de renda média e baixa, com o aumento de 10% no preço do cigarro. Vale ressaltar que uma pesquisa internacional apontou o Brasil como o sexto país com o cigarro mais barato do mundo e o décimo onde o vício começa mais cedo, por volta dos onze anos de idade.

Segundo os governistas, esse reajuste é uma das políticas de controle com melhor custo, principalmente entre a população jovem. O preço alto, ajustado à inflação, evitaria que os adolescentes começassem a fumar e motivaria os fumantes a largarem o fumo ou reduzirem o seu consumo, com benefícios diretos à saúde. 

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