segunda-feira, 30 de março de 2009

Como comprar o pescado
Dicas para não errar no cardápio da Semana Santa

Orlando Castor - 7º período

A Sexta-Feira da Paixão é prenúncio de mais um feriado e, para católicos, se resume a época de jejum e renúncia à carne vermelha. Faltando poucos dias para a data, o preço do peixe já começa a sofrer inflação característica da época. É a lei do capitalismo: quanto maior a procura, mais altos são os preços.

Nos supermercados e lojas especializadas, os pescados estão à mostra: são vários tipos e tamanhos para todos os bolsos. Os importados, como o atum e o bacalhau, sofreram os maiores reajustes por causa do sobe-e-desce do dólar.

Apesar do preço que varia bastante, a enorme variedade do pescado e a data característica, o que mais preocupa o consumidor é a qualidade da carne que se compra nas bancadas dos mercados. O peixe deixa as pessoas em dúvida nos quesitos qualidade, validade e armazenamento. Para esclarecer algumas dúvidas, a reportagem conversou com a nutricionista carioca Maria Tereza das Neves.

O consumidor pode comprar o peixe agora, levar para casa e congelar?
Pode congelar, sim. A carne de pescados tem uma capacidade enorme de congelamento. Mas é importante ter cuidados a fim de haver todo processo de higiene, como retirar todas as vísceras, que é a parte mais perecível. É importante, claro, comprar um peixe de boa qualidade em um estabelecimento de confiança. Na hora de congelar, colocar a carne devidamente embalada no freezer para não entrar em contato com outros alimentos.

O peixe congelado não perde os valores nutritivos?
Não. O peixe, inclusive, dentre os vários tipos de carnes, é aquele que menos valor nutricional perde porque a água é o ambiente no qual ele vivia quando estava vivo. E a resistência desta carne é muito grande, apesar de muito macia.

O peixe frito perde o valor nutritivo por causa do contato com a gordura?
Existem algumas mudanças no valor nutricional, mas que só facilitam a absorção que ele tem de proteína no cozimento. O grande perigo é a adição dos extras, principalmente a gordura de pouca qualidade que pode se oxidar e trazer problemas não pelo peixe, mas sim pelos agregados da própria gordura. Também podemos lembrar temperos, principalmente o sal. As pessoas gostam de salgar muito o peixe, o que compromete a saúde do coração.

Então qual é a melhor maneira de preparar o pescado?
Ainda frito, desde que não seja na imersão em gordura de má qualidade. Quando se fala em gordura de má qualidade, é o reaproveitamento da gordura que já passou pela batata, pastel etc. Mas, para a saúde do corpo, a melhor maneira, mesmo é o peixe assado com um fio de azeite.

Uma situação que muita gente ainda tem dúvida: como escolher o peixe na hora da compra?
Em primeiro lugar: escolher o peixe que tenha condições de estar bem natural. A guelra deve estar rosada, um pouco vermelha. Os olhos devem estar bem brilhantes. A cauda deve estar firme. Nenhuma parte do peixe deve se desfazer ao toque. Para quem prefere bacalhau, a carne não pode estar com manchas escuras, deve estar firme e seca; nada de umidade.

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